quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Calma, rapaz


Vá e mostre como faz para conseguir o que quer.

Seja Humano e arranque a flor,
Seja Mariposa e polinize-a,
Seja Androceu e adquira uma esposa,
Seja Herbívoro e alimente-se,
Amigo,

Só não vá ser afobado e ambicioso demais.

Quem teve as pétalas sem antes passar pelos espinhos,
Fala do tanto de dores que tem ao descer.

domingo, 4 de setembro de 2011

À moda do Rei


Um formador de opinião como Aluisio Azevedo merece respeito. O trabalho dele não se assemelha nem se retém à crítica descontextualizada e às resenhas levianas de críticos sem educação que almejam visibilidade. Compreender dois timings: o da crítica e o do jornalismo, só se consegue por amadurecimento e por caráter. A velocidade da informação (surgir, acontecer e descartar) faz parte da dinâmica do jornalismo não da crítica de moda. Ter visão e coragem de agir contra o fluxo jornalístico colocando, recolocando e relembrando desfiles, peças de roupa ou uma atitude comportamental marcante desse mundo e não descartar a notícia como antiga é o papel da crítica de moda, porque só há valor crítico se ainda for notícia, é claro.

Aluisio Azevedo - Prévia - Spring/Summer 2012

Estar em diálogo com tudo que acontece no mundo é papel da Moda, inclusive a Arte também como um todo, e no mundo não há fórmulas. Parece besteira e clichê expor isso, mas ninguém é igual a ninguém, exatamente por isso que as críticas deveriam ser mais diferentes umas das outras. Acreditar que só falar das tendências, da cor e da modelagem de tal estação, está se fazendo uma crítica, mas Aluisio Azevedo, substancialmente, vê e compreende o mundo pela Moda e não renuncia nem se priva dessa visão, pois formata e reflete a sua subjetividade para no fim ser capaz de intervir com significância no Mundo como um crítico.

Agora, avalia o que alguém assim pode fazer manifestando sua práxis. No mínimo algo novo, que é a obrigação do estilista, só que nem todos têm estrutura e cabeça para isso. Ver melhor não é observar mais, mas ver o que ninguém vê, e há coisas que só sabe quem estuda etapas da moda brasileira e vive isso. O consumidor final pouco se importa com o pós-desfile e se jornalista e/ou blogueiro Tal gostou ou não do desfile/coleção, desfiles bons não fazem obrigatoriamente uma boa coleção. Quem gosta vai à loja e compra o que lhe agrada.
Vestido tubinho, feito com um tipo de ceda estampada, com mangas bufantes e costas nua.

Satisfaz gregos e troianos produzindo belas críticas e acertando na sofisticação e beleza dos seus croquis e modelagem, principálmente, por ser criativo baseando seu norte em estilistas célebres consolidados. Ampliar o conhecimento do leitor sem satisfazer somente o próprio ego e ainda vesti-lo, e por sinal muito bem, é uma gentileza compartilhada pelo talento de Aluisio Azevedo.

P.S.: Confiram o blog no qual ele é editor-chefe: http://amodadorei.blogspot.com/ ENJOY

Um time 2009.2


Interessante a dinâmica não-categórica e crescente de um time. Ainda mais se disposto por acaso, mas organizado com sobriedade pelas partes. Ver e estar lá enquanto o temperamento de cada um se molda às situações funcionais diárias é muito bom.
A recordação vem de outra lembrança: sou um líder, ou fui, não sei, e agora calculando o tempo, a ação e o caráter individual disponho o time em posições e funções como se uma tropa caminhasse em linha reta, perigosamente, como numa guerra.

Geisa: Pela temperança racional e os planos revolucionários matutinos ela estaria comandando os soldados da frente e cuidaria do campo de visão direito-frontal enquanto dá ordens ao resto do comando pelos dois imediatos: Mariana e Oráculo. Ou fosse num simpósio ficaria com a introdução e explanação inicial do assunto.

Mariana: Eficiente, de logística rápida e digna de confiança, trataria do campo esquerdo-frontal com seu olhar curioso e observador disparando projéteis perigosos. Num colóquio estaria encarregada dos equipamentos e viria logo após Geisa, apresentando tópicos factuais com muitos detalhes.

Oráculo: Caráter, humor, é quem não pode faltar num time e de maior poder de fogo porque aguenta as armas mais pesadas, por exemplo: um dos trabalhos de Geisa e Mariana seria abrir oportunidades para os ataques poderosos e por muitas vezes ousados e certeiros dele; observaria a dianteira central. Nesse seminário pegaria boa parte da apresentação esmiuçando conceitos diversos.

Ludmilla: Sempre criativa, aparenta delicadeza mas baseia-se na elegância, no esmero seleto e apurado, cobriria os ataques de Oráculo distraindo a atenção do oponente para a reorganização do grupo e para os outros ataques; cuidaria da lateral esquerda.  Ponderaria o assunto apresentado à atenção e o gosto do público e proporia dinâmicas contextualizadas com a situação.

Wandson: Cheio de ânimo, muito expressivo e correto, após a reorganização do time entraria em batalha e tomaria de conta da situação sozinho por um tempo até que viessem os ataques finais; observaria a lateral direita. Ligaria conceitos a fatos e situações-chave, as quais antecederiam o fim do assunto.

Dharílya: Irreprimível, coerente e corajosa, acredito que mais que qualquer um do time vê o que ninguém vê, por isso cuidaria sozinha da traseira observando ataques inimigos traiçoeiros e colocando armadilhas para o time não ser seguido; jogaria a bomba que liquidaria o inimigo. Incumbida de materiais extras e concluiria tudo fazendo uma reflexão sobre o assunto abordado.

Gente, agora deu vergonha da besteira que eu escrevi, enfim, passei mó tempão fazendo e tá aí, fim.