segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Peso




















A superfície da Terra pulsa em minhas costas.
Estou deitado no Chão, sou um Atlas cansado.
É tanto o Ofício! Tantas desculpas de Fuga postas
À um Zeus que hoje não as crê e me lança Nove raios de desagrado!

Vejo o Céu caindo e a coragem toma seu formato
Mínimo. Lembro de uma vez que ouvi: "Deus está na chuva".
Chove, e as gotas doem como se roçassem àsperas luvas
Em meus olhos fazendo-os crer que à Mãe Gaia são ingratos.

A Estrela de Vênus vem cada vez mais próxima
Iluminando o Céu cadente e evaporando os Pingos.
Mas não é o bastante para secar minha lágrima.

No fim, conformado, ergo-me. Olho-o de longe e xingo,
Nada posso agora a não ser continuar meu dever.
Sou um Presente de Deus! Farei meu Panteão e Vocês vão ver!

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

O crepúsculo de Santos


Dharílya e Wandylson poitando

Motefobia

Apaguem as lâmpadas! Lepidoptera
Ordena, antes que as luzes sejam Traçadas
De sombras esvoaçando alvoroçadas
Trazidas sólidas da vão primavera.

Escuro! Ainda vêm e pousam deixando
Abertas suas asas, cercando-nos
De frios Olhares crônicos, esbanjando
Classe asquerosa de um Insecta sem ônus.

Voltam seu vôo nocivo e desespero! Voam
Filo a filo das Flores no que a condição
Arthropoda permite, e assustam no que asas soam!

Por que não em um Reino de inaninação?!
Queria na raridade Animalia da Raposa
Em vez do medo na numerosa Mariposa!