sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Passou














Quem é ele? De onde vem tão vagaroso e frágil
Na decadência da duna pingando na terra
Coágulos em cera de vela enquanto apático berra
Palavras benéficas de um sonho bom e afábil?!

Será um bêbado incômodo ausente dessa
Vergonha padrão com que o olhamos na confessa
Abundância da nossa índole postiça?
Não faço julgos na minha pressuposta preguiça.

Ele chega e agracia quem vai, mesmo dúbio, saudá-lo
Em seu calvário maculado de alegres abalos,
Queixa de dívidas. E percorre a praia ainda.

Vai-se sorrindo a nós e cai, enfadado no mar.
Reconheço-o indo com as ondas. Outro ano que finda,
Mas não sem antes clamar: Queira e estará. Sonhe e será!

Feliz ano novo.

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